Notícias

NOTÍCIAS: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, completa 200 anos.

11:34Isabela Lapa


Foto da primeira edição, que vinha em três
pequenos volumes

Capas de algumas edições do livro no Brasil.

O famoso livro de Jane Austen, ORGULHO E PRECONCEITO, foi publicado no final do século XVIII, especificamente no dia 28 de janeiro de 1813. A obra, que demorou 16 anos para ser finalizada, é um dos maiores clássicos da literatura inglesa. 

Este livro, ao longo de seus 200 anos, ganhou inúmeras adaptações para o teatro e para o cinema, e foi traduzido em vários idiomas. A primeira tradução foi feita em 1940, em língua portuguesa, pelo tradutor Lúcio Costa. A obra foi publicada no Brasil pela Livraria José Olympio Editora. 
Imagem da primeira adaptação do livro para o cinema, em 1940.

Série da BBC em 1995.


Adaptação para o cinema em 2005.

A obra é tão respeitada e aclamada pelo público que inúmeros encontros e seminários foram realizados em razão da comemoração do bicentenário. Entretanto, uma homenagem que merece destaque é a do Correio Real Britânico, que no dia 21 de janeiro de 2013,  lançou uma coleção de selos sobre Orgulho e Preconceito e sobre as demais obras da escritora. 

Importante salientar que pouquíssimas obras conseguiram se manter em alta por tanto tempo.




Curiosidades:


- Os três volumes da primeira edição, que esgotaram em menos de um ano, não traziam o nome de Jane Austem. Eles foram atribuídos à autora de Sensibilidade e Bom-Senso, que foi publicado em 1811, sob o pseudônimo "Uma Senhora".

- A obra vende, até os dias de hoje, aproximadamente 50 mil exemplares por ano no Reino Unido. Este número é extraordinário, uma vez que não se trata de um novo livro de um romancista em voga. 

- O manuscrito do livro foi leiloado por R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) em 2011.

Imagem do manuscrito. 


Sinopse do livro:

Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.




Algumas passagens:

"Quando Jane e Elizabeth se viram sozinhas, a primeira, que havia antes sido cautelosa em seus elogios ao Sr. Bingley expôs à irmã o quanto o admirava.

– Ele é exatamente como um rapaz deve ser – disse ela –, sensato, bem humorado, jovial. E nunca vi maneiras tão corretas! Tanta naturalidade, com uma educação tão apurada!

– E é também bonito – retrucou Elizabeth –, o que todo o rapaz também deve ser, sempre que possível. A personalidade dele é, portanto, perfeita."


"O Sr. Collins, a bem dizer, não era sensato nem agradável; sua companhia era maçante e a paixão por ela devia ser imaginária. Mas ainda assim seria seu marido. Sem esperar muito dos homens ou do matrimônio, o casamento sempre fora seu objetivo; era a única solução para moças bem educadas de pouca fortuna e, embora incerta garantia de felicidade, era o mais atraente arrimo contra a necessidade. Tal arrimo ela agora possuía. E aos 27 anos, sem jamais ter sido bonita, considerava-o uma grande sorte." (Elizabeth)


"Não sou romântica, você bem sabe, nunca fui. Só peço uma casa confortável e, considerando o caráter, a posição e as relações do Sr. Collins, estou certa de que minha chance de ser feliz com ele é tão boa quanto a da maioria das pessoas ao começar a vida matrimonial." (Charlotte)


"– Uma mulher tem de ser profundamente conhecedora de música, canto, desenho, dança e línguas modernas para merecer tal adjetivo (prendada). E, além de tais dotes deve possuir um algo mais em suas atitudes e modo de andar, no som de sua voz, em seu vocabulário e no modo como se expressa, ou o termo seria apenas parcialmente merecido.

– Tudo isso ela deve possuir – acrescentou Darcy –, e a tudo isso ela deve ainda somar algo mais substancial, com o aperfeiçoamento do intelecto através de muita leitura.

– Já não me surpreendo que mais que o senhor conheça apenas seis mulheres prendadas. Agora me pergunto se realmente conhece alguma."


Um pouco sobre a autora:


Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra, sendo a sétima filha do reverendo George Austen, o pároco anglicano local, e de sua esposa Cassandra (cujo nome de solteira era Leigh). A família era formada por oito irmãos, sendo Jane e sua irmã mais velha, Cassandra, as únicas mulheres. Cassandra e Jane eram confidentes, e hoje se conhece uma série de cartas de sua correspondência.É considerada a maior escritora de todos os tempos, de acordo com sua jornada de vida que arrasta milhões de fãs por todo o mundo e encanta a todos com sua literatura épica.

Austen começou Persuasion em agosto de 1815, mas um ano depois começou a se sentir mal. No início de 1817 começou Sanditon, porém teve que abandonar a obra por seu estado de saúde. Para receber tratamento médico foi levada a Winchester, onde faleceu em 18 de julho de 1817. Suas últimas palavras foram: "Não quero nada mais que a morte".Tinha 41 anos.


Obras de Jane Austen:

A ordem em que Jane Austen iniciou e finalizou seus romances não corresponde com o fechamento de suas publicações.

- Sense and Sensibility - Razão e Sensibilidade - (1811)

- Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito - (1813)

- Mansfield Park (1814)

- Emma (1815)

- Northanger Abbey (1818) - póstuma

- Persuasão (1818) - póstuma

You Might Also Like

0 comentários

Obrigada por participar do nosso Universo! Seja sempre muito bem vindo...

Acompanhe nosso Twitter

Formulário de contato